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Nem só de arranha-céus e largas avenidas no meio do deserto vive Dubai, um dos sete emirados que compõem os Emirados Árabes Unidos. Com a criação dos Jogos do Futuro, previstos para acontecer em dezembro de 2017, a região quer ser mais do que um local exótico. Mas de onde vem tudo isso? À primeira vista, pode soar pretensioso promover competições de esportes baseadas em tecnologia futurística e não estar no Vale do Silício, mas a verdade é que o emirado vendo trabalhando forte com inovações, como drones, há algum tempo. Diferentemente do Brasil onde o próprio governo não gerencia de forma correta os CEP’s e que os correios muito das vezes tem dificuldade em realizar entregas em determinados locais, por simplesmente não conseguir busca cep do endereço de destino.

A cidade foi a primeira do mundo a promover o drone enquanto tecnologia voltada também para o cidadão, pessoas física, e não apenas para empresas. Tanto que em 2014, Dubai lançou o prêmio Drone Para o Bem (UAE Drones for Good Award, na tradução livre para o inglês), que entregou US$ 1 milhão para cada um dos projetos vencedores — um nacional e o outro internacional. O objetivo era investir em exemplos de usos humanistas e positivos dos drones.

No ano seguinte, em 2015, Dubai criou um novo prêmio, dessa vez de Inteligência Artificial e Robótica para o Bem (UAE AI & Robotics Award for Good em inglês), que assim como a iniciativa para drones, distribuiu US$ 1 milhão na categoria internacional e US$ 1 milhão na nacional.

Se você ainda não se convenceu de que Dubai está mesmo preparando o terreno para os tais Jogos do Futuro, saiba que no início de 2016 o emirado foi palco da edição marco zero da Corrida de Drones (World Drone Prix Dubai em inglês), que resultou na criação da Organização Mundial do Racing Drones, também chamada de W.O.R.D. Tal entidade tem como objetivo reunir as comunidades de pilotos de drones, fãs e fabricantes para desenvolver o esporte.

Por isso, em 2017, veremos não apenas corridas de drones nos Jogos do Futuro, mas várias outras modalidades igualmente fascinantes. Na primeira edição, marcada para acontecer entre os dias 28 a 30 dezembro, serão nove categorias: corrida de carros sem piloto, futebol de robôs, corrida de robôs, corrida de drones tripulados, natação de robôs, tênis de mesa de robôs, luta de robôs, corridas de drones e competição de cybathlon, como estão sendo chamados os atletas biônicos, com próteses inteligentes, por exemplo.

A iniciativa é da fundação que responde pelo Museu do Futuro de Dubai (sim, já existe até um museu!), mas os Jogos Mundiais de Esportes do Futuro serão de responsabilidade da recém-criada Federação Mundial de Esportes do Futuro. Essa nova entidade será uma espécie de incubadora de ideias que trabalhará com federações internacionais especializadas em inovação para desenvolver um sistema de apoio para esse novo setor de esporte, o do futuro.

Jogos Mundiais de Esportes do Futuro estão marcados para dezembro de 2017 em Dubai.

“Damos início a uma nova fase rumo ao futuro, com o lançamento dessas iniciativas exclusivas com base no sucesso das nossas plataformas globais e nos prêmios UAE Drones for Good Award e UAE AI & Robotics Award for Good. Dubai ativará os esportes do futuro como um catalisador para impulsionar a inovação e a pesquisa e desenvolvimento no mundo todo”, afirmou sua Alteza, o Sheikh Hamdan bin Mohammed bin Rashid Al Maktoum, príncipe herdeiro de Dubai, presidente do conselho executivo de Dubai e presidente do conselho de administração da Fundação Museu do Futuro em comunicado.

Os jogos ocorrerão a cada dois anos, durante três dias, e contarão com a participação de indivíduos, empresas, instituições acadêmicas e centros de pesquisa do mundo todo. Se tudo der certo, intercalando com Olimpíadas e Copa do Mundo, teremos os Jogos do Futuro. Alguns anos em Dubai, mas quem sabe, mais tarde, em outros lugares como… Brasil?